Quando você vota em um político conterrâneo,espera que ele faça mais pela cidade onde mora? Mas a deputada federal, Lêda Borges (PSDB) que construiu sua carreira em Valparaíso e tem a cidade como seu forte eleitorado, destinou as maiores partes das emendas políticas para outras cidades nos anos de 2022 e 2023. Por exemplo, nesta semana o prefeito do Novo Gama, Carlinhos Mangão anunciou que Lêda estipulou uma emenda R$1.400 milhão para a saúde do município. Enquanto isso, Valparaíso, cidade onde a política mora e conseguiu mais votos, recebeu apenas R$600 mil em emendas da parlamentar em 2022, quando ela ainda era deputada estadual.
Você, leitor, acha correto ela destinar mais verbas para outras cidades do entorno Sul, do que para o local que praticamente a elegeu e reside? Será que não há outras formas de distribuição dessas emendas que possa beneficiar os munícipios do entorno sul de uma forma com mais equidade? Que tal refletirmos um pouco sobre os motivos que a levam a fazer isso? Será que há ressentimento de ter perdido a eleição de 2020 para o atual prefeito, Pábio Mossoró (MDB), fala mais alto do que pensar no bem da comunidade? Naquela disputa, ela recebeu apenas 36% dos votos válidos e Pábio mais de 51%, vencendo em primeiro turno, mostrando que seu primeiro mandato tinha sido aprovado pelos moradores da cidade. O que não aconteceu com Lêda.
Lembrando que em 2022, quando ainda era deputada estadual e ocupava uma vaga na Assembleia Legislativa do nosso estado, Lêda se dedicou muito para melhorar a vida dos moradores de cidades próximas de Valparaíso. Ela enviou emendas no valor de R$5.5 milhões para o Novo Gama e de R$4.5 milhões para Cidade Ocidental. Lembrando que enquanto isso, para a gestão de Pábio Mossoró foram apenas R$600 mil.