Quando é do interesse dos políticos eles costumam votar projetos rapidinho. Foi o que aconteceu nesta quarta-feira quando o Projeto de Lei 2720 de 2023 que criminaliza quem discriminar pessoas politicamente expostas. Os deputados aprovaram tanto o regime de urgência do texto, quanto a proposta no plenário em questão de horas. Foram 252 votos favoráveis, incluindo a da deputada estadual Lêda Borges (PSDB-GO) e 163 contrários, como o deputado Gustavo Gayer (PL-GO).
Além de Gayer, outros 44 parlamentares do PL, partido de Jair Bolsonaro foram contrários a proteção aos políticos e pessoas vinculadas a eles. Em uma rede social, Gustavo justificou que votou não, contra o projeto que prevê prisão para quem criticar políticos, porque é contra privilégios e contra uma ferramenta que arranca o direito dos cidadãos brasileiros à liberdade de expressão. Já a deputada Lêda Borges ficou quietinha e não manifestou sua posição sobre o assunto até o momento.
Lembrando que a tucana que representa Goiás e Valparaíso na Câmara Federal vem votando de forma favorável a projetos polêmicos. Por exemplo, no dia 31 de maio, ela foi a favor da Medida Provisória MP 1.154/2023 que mantém os 37 ministérios do governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No dia 25 de abril, Lêda votou sim pela tramitação em urgência do projeto de Lei das Fake News. Mas o texto está parado após pedida de vistas do relator do texto, deputado Orlando Silva (PCDB-SP), por falta de consenso e para análise de 90 sugestões recebidas
No entanto, a política foi contra a criação da CPI do Movimento dos trabalhadores sem Terra no último dia 17 de maio. O grupo investiga as invasões do MST e já realizou algumas audiências. Lembrando que o agronegócio predomina em Goiás e é interesse dos moradores do estado investigar as invasões dos sem terra nas fazendas.